Pregação sobre o Evangelho de João 1. 19-28
O tema da mensagem dessa manhã é: tudo sobre Jesus. Eu gostaria de começar essa mensagem afirmando que a narrativa bíblica nos apresenta um ator principal chamado Jesus. Sim, de Gênesis a Apocalipse é tudo sobre Jesus. Os demais personagens, aqueles homens e mulheres que nós admiramos e muitas vezes nos inspiramos nas nossas ações diárias, não passam de coadjuvantes dentro deste livro. Assim como na narrativa bíblica, a história da humanidade também vai nos mostrar que Jesus é o ator principal e nós somos apenas coadjuvantes nessa história que é dEle e sobre Ele. E a pergunta que eu te faço é: como você tem vivido dentro deste contexto? Como você tem vivido dentro do contexto em que você é apenas um coadjuvante? Como nós estamos vivendo como igreja local dentro deste contexto, que nós não somos os atores principais, mas apenas coadjuvantes?
João, nessa perícope, nos apresenta um homem chamado João Batista, o último dos profetas, aquele que veio preparar o caminho para a chegada do Messias. João Batista foi um homem que não buscou glória para si; ele buscou glória para aquele que era maior do que ele. Ele buscou glória para o Messias. Por que João Batista viveu dessa forma? A Bíblia diz que o maior de todos os homens, o último dos profetas, aquele que teve o privilégio de conhecer Jesus pessoalmente, era apenas um coadjuvante.
Muitos dos dilemas que nós estamos enfrentando hoje estão relacionados a isso: não entendemos que na história da humanidade nós somos apenas coadjuvantes. Ser o ator principal traz problema para o indivíduo; ser o ator principal traz problema para uma instituição, porque a história não é sobre nós, é sobre Ele.
A.W. Tozer certa feita disse que a vida de João Batista nos ensina que o verdadeiro testemunho cristão não é sobre nós mesmos, mas sobre Jesus. Ele nos mostra a importância da humildade, da clareza de propósito, da rejeição de glórias humanas, da preparação do caminho para Cristo, da exaltação de Sua superioridade, da revelação de Sua presença. E conclui dizendo que possamos, como João Batista, ser vozes que clamam no deserto deste mundo, apontando sempre para Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Então, quais lições nós podemos aprender aqui nessa manhã? Lições que nos mostram de forma muito clara que é tudo, ou deveria ser tudo, sobre Jesus. A primeira lição está relacionada à identidade: entenda quem você é em Cristo. O versículo 19 diz: “E este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: Quem és tu?” João Batista se tornou uma figura tão significativa e cheia de relevância que acabou atraindo a atenção dos líderes religiosos, que enviaram representantes até o deserto a fim de descobrir quem era João Batista. Quem era este homem que estava arrastando uma multidão até o deserto através do seu discurso? E ao chegarem ao deserto, esses representantes dos líderes religiosos perguntaram para João Batista: “Quem é você? Por acaso você é o Cristo?” João Batista respondeu: “Não sou.” “Você é Elias?” “Não sou.” “Você é algum tipo de profeta?” “Não sou.” Incomodados com as respostas de João, eles insistiram: “Mas, afinal de contas, quem é você? Nós precisamos prestar contas para os nossos líderes em relação à tua pessoa. Nós não podemos sair daqui sem uma resposta.” E João Batista então respondeu: “Eu sou aquele que não sou digno de desatar as sandálias do meu mestre. Eu sou aquele que não sou digno de desatar as sandálias daquele que está vindo após mim.” O desatar as sandálias aqui está dentro de um contexto onde um escravo desata as sandálias do seu senhor. Então, ao se comparar com Jesus, João Batista vai chegar à conclusão que ele era menor do que um escravo. “Este sou eu: menor que um escravo, alguém que veio para contribuir com o ministério do Messias, e ponto final. O foco não deve estar em mim; o foco deve estar nEle. Esse sou eu: alguém que veio contribuir com o ministério de Jesus.” Quem é você?
Não há vida abundante para você enquanto você não descobrir quem é você em Cristo Jesus. Porque a Bíblia diz que, se você não assumir um compromisso com Cristo como Senhor e Salvador da sua vida, você é um filho da ira de Deus. Ou melhor, você é filho da ira. É isso que Paulo diz em Efésios, capítulo 2, versículo 3: “Olha só o que diz o texto sagrado: entre os quais também todos nós andávamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos, e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais.” Paulo está falando aqui de uma vida antes de Cristo. Então, essa história de que todos são filhos de Deus perante a Bíblia, isso é uma mentira. Quem não assumiu um compromisso com Cristo é filho da ira de Deus. Logo, não há vida abundante para você se você se encontra nessa situação.
Durante as minhas férias, eu tentei pesquisar o que está acontecendo no mundo gospel em nossa nação Na ocasião, mapeei os principais líderes e procurei saber o que eles estão fazendo e o que eles estão pregando. E uma coisa eu descobri: os principais líderes estão enchendo as suas igrejas, com promessas de vida abundante para alguém que está morto. Vida abundante para alguém que é filho da ira. O que adianta eu oferecer vida abundante para você que está morto nessa manhã, sabendo que na eternidade você vai sofrer a ira de Deus? Não adianta nada. Não adianta nada eu entregar refresco para você, sabendo que no futuro, você sofrerá o tormento eterno.
Quem é você? Se você já assumiu um compromisso com Cristo como Senhor e Salvador da sua vida, a Bíblia diz que você é um pecador redimido, alguém que foi comprado e lavado com o sangue do Cordeiro. Este é você. Agostinho de Hipona disse que "todo santo tem um passado". Em outras palavras, todo cristão tem um passado tenebroso. Todo passado do cristão foi um passado sem Deus. Em um determinado momento da tua vida, você foi inimigo de Deus. Essa situação só mudou na tua vida quando você assumiu esse compromisso com Jesus, porque foi isso que Jesus veio fazer: reconciliar o homem com Deus. E Agostinho de Hipona conclui o seu pensamento dizendo: "e todo pecador tem um futuro". Assim como Deus resgatou você do lamaçal do pecado, do lodo, Ele é capaz de resgatar qualquer pessoa, qualquer situação. Toda vez que você olhar para um perdido, lembre-se disso: este pecador pode ter um futuro na eternidade se Jesus Cristo o resgatar. Não existe pessoa no mundo que Jesus Cristo não possa alcançar. João 3:16 diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Se você já assumiu um compromisso com Cristo como Senhor e Salvador da sua vida, você é um pecador redimido, como também filho de Deus. Quer deixar um religioso louco? Chame Deus de Pai. Aba Pai. Paizinho. O religioso vai se remexer. De onde eu tirei essa tese? Olhando para Jesus. Você lembra quando Jesus chamou Deus de Pai? Aba Pai. Paizinho. Os religiosos da época ficaram loucos. “Como assim alguém chamando Deus de Pai, Paizinho? Isso não pode.” Até então, Deus não era conhecido como pai de ninguém, assim como não é conhecido no meio islâmico. Alá não é pai de ninguém. Alá é o criador; ele está distante de nós. Chama-lo de pai é uma ofensa para os adeptos do Islamismo. Este era o pensamento dos religiosos da época: chamar Deus de pai é uma ofensa. “E quem é este homem que está indo contra a santidade de Deus?” Jesus não apenas chamou Deus de pai; Jesus nos ensinou a chamar Deus de pai também. Quando isso? Você lembra da oração do Pai Nosso? Jesus olhou para os seus discípulos e disse: “Todas as vezes que vocês orarem, orem dessa forma: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o vosso nome. Venha a nós o vosso reino. Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia, ó Pai, nos dai hoje. Perdoai as nossas ofensas, assim como nós temos perdoado aquele que nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, ó Pai, mas livrai-nos do mal. Amém.”
Para você que hoje está afastado do Senhor, para você que hoje precisa ter a sua fé renovada no Senhor, lembre-se disso: Deus não apenas te redimiu, não apenas te comprou, não apenas te resgatou do lamaçal do pecado; Ele é teu Pai. E você pode chama-lo de Pai sem medo de errar, sem medo de estar ofendendo sua santidade, porque quem deu essa ordem foi o próprio Jesus. O meu relacionamento com Deus tem como base a paternidade dEle. Deus é meu Pai, e ninguém pode me roubar essa verdade. Ninguém pode roubar essa verdade de você.
Além de sermos redimidos e filhos de Deus, nós somos chamados para sermos embaixadores de Cristo. Isso significa que nossa vida tem um propósito: refletir a glória de Deus e levar Sua mensagem de reconciliação ao mundo. Somos instrumentos nas mãos do Redentor, chamados para servir com humildade e amor. Essa semana, como igreja, nós estamos tendo a oportunidade de receber o pastor Artur, representante da Missão Portas Abertas. Uma das histórias que ele nos contou, foi sobre uma mulher da Coreia do Norte que assumiu o compromisso com Jesus como Senhor e Salvador da sua vida. Ela foi parar num campo de concentração. Neste local, ela foi abusada. Ao fugir dali, no decorrer do caminho, ela acabou sendo abusada. Se eu não me engano, hoje ela mora na Coreia do Sul e viaja o mundo inteiro testemunhando de Jesus. E o pastor Artur teve a possibilidade e a honra de viajar com essa mulher durante 15 dias. E diariamente essa mulher olhava para o pastor Artur e dizia: “Os cristãos da Coreia do Norte são verdadeiros cristãos, porque eles entenderam o propósito de ser cristão e eles vivem esse propósito, mesmo sabendo que isso pode gerar a própria morte deles.” E ela disse: “Quando eu olho para o cristão ocidental, eu desconfio que tenha entendendido o propósito para o qual ele foi criado ou alcançado por Jesus.” Ela disse: “Eu choro quando eu olho para o cristão ocidental que tem vivido um propósito totalmente diferente do propósito que a Bíblia ensina.”
Vamos refletir sobre isso. Estamos recebendo uma crítica construtiva de alguém que foi parar num campo de concentração por amor a Jesus. Quando fugiu, achou que ia conseguir refrigério para a sua alma, porém logo em seguida foi violentada várias vezes. E hoje ela fala desse Jesus com muita alegria. Vamos ouvir o que essa mulher tem a dizer. Até onde essa mulher tem razão? Qual tem sido o teu propósito de vida? O teu propósito de vida está alinhado com o propósito que Jesus tem para cada cristão?
Entender nossa identidade em Cristo é essencial para vivermos com propósito e confiança. Somos pecadores redimidos, filhos amados de Deus e embaixadores de Cristo nessa terra. Essa identidade nos liberta do passado, nos enche de valor no presente e nos dá direção para o futuro. Que possamos viver cada dia cientes de quem nós somos nEle. Vou ler novamente só a última parte desse parágrafo: essa identidade nos liberta do passado. Que passado? Um passado tenebroso. Não esqueça disso. O teu passado, assim como o meu, foi um passado tenebroso, porque nós éramos inimigos de Deus. Nos enche de valor no presente. Por que de valor no presente? Porque hoje nós somos filhos de Deus. Você é filho de Deus. E terceiro: nos dá direção para o futuro. Um futuro na eternidade. Sabe qual será a maior e melhor recompensa do cristão na eternidade? Não são as ruas de ouro. A melhor e maior recompensa do cristão na eternidade: desfrutar da presença de Deus de forma palpável, visível.
A segunda lição que o texto nos mostra, que de fato é e deveria ser tudo sobre Jesus, está relacionada à humildade: reconheça que tudo vem de Deus e aja com humildade. O versículo 20: “E confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.” João Batista deixa claro que ele não é o Messias, ele não é o Salvador tão esperado e desejado pelo povo de Israel. O cenário aqui é de profundo sofrimento. O povo de Israel estava sofrendo e diariamente o povo de Israel buscava por um Messias, por um Salvador. Nada diferente dos nossos dias, onde o sofrimento tem sido profundo, e o nosso povo tem buscado diariamente por um Messias, por um Salvador. O problema é que o povo de Israel projetou no Messias alguém que não tinha nada a ver com as Escrituras Sagradas. Para o povo de Israel, a solução do problema era o Messias rei político-militar, alguém que fosse capaz de libertá-los das mãos dos romanos, alguém que fosse capaz de trazer paz novamente para dentro daquele território. E aqui nós vamos ver João Batista, com muita humildade, dizendo: “Eu não sou o Messias, e este Messias que vocês estão projetando não tem nada a ver com o Messias bíblico.” É isso que João Batista deixa claro quando ele pregou sobre arrependimento: o Messias que vocês estão projetando não vem neste mundo para resolver um problema pontual de vocês; Ele vem para resolver um problema da humanidade que se chama pecado. O pecado afastou o homem de Deus; o pecado tornou o homem inimigo de Deus. É isto que esse Messias veio fazer. Então, com humildade, João Batista reconheceu que ele não era o Messias e que o seu povo estava projetando um Messias errado.
Humildade. Precisamos dessa humildade. Você já ouviu falar sobre a síndrome do Messias? Ela é real. O complexo ou síndrome do Messias trata-se de um estado psicológico onde a pessoa acredita que é ou será uma figura de extrema importância para o meio que vive ou mesmo para o mundo. Esta é a síndrome do Messias. Então, tornando prático aqui: Se não for o Messias o meu cônjuge estará perdido; os meus filhos estarão perdidos; a minha empresa estará falida; a igreja local irá fechar. Isso se chama síndrome do Messias. Quantas vezes você já se pegou nessa situação?
Então, como não cair na tentação de nos colocarmos no lugar que pertence somente a Jesus? Primeiro: reconheça que Ele é o centro de tudo. Se Jesus não for a solução, aí sim o teu cônjuge estará perdido. Se Jesus não for a solução, aí sim os teus filhos estarão perdidos. Se não for Jesus, sim, a tua empresa estará falida. O que adianta o homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua alma? Se não for Jesus, essa igreja local estará perdida. O centro de tudo deve ser Jesus.
Segundo: sirva com humildade. Como não cair na tentação de nos colocarmos no lugar que pertence somente a Jesus? Servindo com humildade. Servir com humildade tem a ver com fazer o que o Senhor deseja que venhamos fazer, não aquilo que eu acredito que seja o certo. Aquilo que você acredita ser o certo nem sempre é o certo. “Ah, eu sirvo na igreja, eu sirvo nos ministérios, eu sirvo pessoas.” Uma coisa é você servir; outra coisa é você saber a quem você está servindo e como servir. E você sabe a quem você está servindo? Você sabe como servir? Paulo diz: ou nós somos escravos do pecado, vivemos sobre a influência do mundo, do maligno, da carne, ou nós somos escravos de Cristo e vivemos sobre a influência de Jesus. Viver sobre a influência de Jesus é fazer aquilo que Cristo deseja que nós venhamos fazer. E como você tem servido?
Como não cair na tentação de nos colocarmos no lugar que pertence somente a Jesus? Apontando sempre para Cristo, não para nós. Levei o pastor Artur no café da manhã dos pastores aqui de Porto Alegre, de várias denominações. Na verdade, quem levou não fui eu; foi o Edinho que nos levou até lá. O Edinho saiu mais cedo e nós sentamos ao lado de uma senhora, viúva de um pastor. Durante 30 minutos, aquela mulher falou só sobre ela e sobre os seus grandes feitos. O culto já tinha começado e aquela mulher ali continuava falando sem parar. O pastor Artur, sem jeito, começou a dar um toque para ela: “O culto já começou.” E ela falava cada vez mais alto, como se nada estivesse acontecendo. Até que o dirigente do culto chamou o pastor Artur para dar um testemunho. Ele foi; ela parou de falar um pouquinho. Quando o pastor voltou, ela olhou para ele e disse: “Vamos continuar falando.” Ele disse: “Não, minha irmã, já começou o culto. Precisamos aqui prestar atenção no culto.” Acabando o culto, ela chegou até nós e disse: “Vamos continuar. Eu estou ansiosa para continuar falando", quase que perguntei: sobre você e seus grandes feitos?
Saindo daquele encontro, fiquei bem incomodado com essa situação, a ponto de pensar: a história é sobre quem? Quem é o ator principal da história? Quem é o protagonista da história? Nós somos apenas coadjuvantes. Então, tudo deve ser sobre Ele. Tudo que nós fizermos deve apontar para Ele, porque a glória é dEle, e Ele não reparte sua com ninguém.
Então, algumas perguntas são pertinentes aqui neste momento para a nossa reflexão: em que áreas da sua vida você ainda tenta ser o centro, em vez de colocar Jesus no comando? Segunda pergunta: como você pode lembrar-se diariamente de que Ele é a razão de tudo que você faz, partindo do princípio que tudo é dEle, por Ele, para Ele, como diz o texto sagrado? Você já se pegou buscando reconhecimento próprio em vez de glorificar Jesus? Como pode mudar essa atitude? Como você tem servido aos outros? Suas ações apontam para Cristo ou para você mesmo? Como você pode ajustar suas prioridades para refletir melhor a luz de Cristo no mundo? Você sente que está cumprindo o propósito que Deus tem para você? O que você pode ajustar dentro deste percurso se, até aqui, você tem vivido outro propósito que não seja a glória dEle? Como eu disse aqui, o sermão dessa manhã tem como objetivo apresentar Jesus para você que ainda não O conhece, como também restaurar a tua fé nEle.
A terceira e a última lição que o texto vai nos mostrar, que de fato é e deve ser tudo sobre Jesus, está relacionada a expectativas: não se deixe pressionar pelas expectativas dos outros. Cumpra o seu chamado e ponto final. O versículo 21 diz: “E perguntaram-lhe: Então que és tu, Elias? E disse: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não.” Esta era a expectativa daqueles representantes: “Nós encontramos alguém extremamente importante. Nós encontramos o Messias. Fomos nós que encontramos. Nós encontramos o Elias. Fomos nós. Ou nós encontramos um grande profeta.” Ainda bem que João Batista não caiu nessa cilada. Que cilada? Cilada de tentar suprir as expectativas de alguém. Todas as vezes que tentamos suprir as expectativas de um individuo falhamos como cristão.
Imagine você se eu, como pastor dessa igreja, tentasse suprir a expectativa de cada que está neste auditório. Pensa comigo de forma racional. Cada um aqui tem uma forma de pensar o que é ser igreja ideal. Se eu tentasse suprir as expectativas de cada um, primeiro eu ia ficar louco, porque vocês não são unânimes. Segundo, eu iria machucar pessoas. Porque eu ia agradar um grupo, ia desagradar outro. E como cada um tem uma forma de pensar, com certeza, desagradaria vários grupos para agradar um grupo ou talvez uma pessoa. E terceiro: Deus não iria ser glorificado, porque Deus não me mandou aqui para agradar você. Eu não estou aqui para agradar você. Eu estou aqui para cumprir o chamado que Ele me deu.
João Batista estava focado em suprir as expectativas do seu Senhor. Como podemos lidar com as expectativas que os outros têm sobre nós sem perder o foco no que Deus nos chamou para ser? Primeiro: conheça o propósito de Deus para você. O que Deus espera de você. Enquanto isso não estiver claro para você, você vai ser levado por qualquer vento. Joice e eu, ao longo das nossas férias, nós assistimos uma série sobre seitas, onde pessoas procuravam estas instituições a fim de descobrir a sua verdadeira identidade e propósito. Qualquer um vai te conduzir se você não tiver claro quem você é e o propósito de Deus para você, o que Deus espera de você.
Segunda afirmação: não ceda à pressão das expectativas. Porque definitivamente a voz do povo não é a voz de Deus. Nunca foi. Nunca será. A voz do povo "removeu" Deus do trono e colocou Saul. Você lembra a conversa de Samuel com o Senhor? “Senhor, eu estou triste. O povo deseja um rei humano.” Deus olha para Samuel e responde: “Não é a você que estão rejeitando, Samuel; é a mim.” Você lembra da crucificação de Jesus? A voz do povo, de forma unânime, gritou: “Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o!” Não ceda à pressão das expectativas. Aliás, você precisa ouvir a voz de Deus e seguir aquilo que Deus mandou você fazer, independentemente se vai agradar ou não.
E terceiro: alegre-se em viver a vontade de Deus, mesmo que isso resulte em perseguição. Toda vez que você se posicionar de acordo com a vontade de Deus, pode esperar que a perseguição vai vir, mesmo aqui no Brasil.
Concluo essa mensagem dizendo que não é nada sobre nós; é tudo sobre Ele. A resposta que você tanto carece para qualquer área da tua vida tem a ver com Jesus. A resposta que você tanto tem procurado pelos teus dilemas está relacionada a Jesus. Enquanto Jesus não for o ator principal, o protagonista da tua vida, você viverá sem respostas, vagando por aí sem encontrar verdadeira solução. Porém, antes de libertar, curar, transformar, derramar vida abundante sobre você, Jesus espera uma resposta da tua parte. E qual será a resposta que você dará para Jesus nessa manhã?
Mateus 11:28: Jesus disse: “Vinde a mim todos que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração.” Qual será a tua resposta ao chamado de Jesus para segui-lO?
Pr Tiago Matias

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